sábado, 1 de janeiro de 2011

O dinheiro como sustentáculo de realidades não tão reais


Dinheiro. Dinheiro. Dinheiro. Na antiguidade ele era usado somente para fazer trocas. Geralmente por comida ou armamentos. Hoje em dia ele é usado para quê? Para dar origem a mortes, assaltos, sequestros e tudo o que há de ruim na face da Terra. Do que adianta todo esse dinheiro se vamos embora desse lugar sem levar um tostão? E passamos a vida inteira ralando e juntando grana, nos privando de coisas boas e divertidas para um dia dizer: Estou rico! Paft, morri. (claro que a pessoa que morre não vai dizer "morri", foi só uma forma de representação). Adiantou de quê? Aêê, conseguimos chegar ao final da vida com muito dinheiro e agora? Vamos fazer uma viagem para o exterior, mas não vamos levar ninguém para sobrar mais dindin para gastar lá! Mas, conhecer um lugar maravilhoso de responsabilidade da mãe natureza sem ter aqueles que gostamos para compartilhar de tanta beleza? Para quê? Já dizia Vinícius de Moraes, se referindo aos amigos: "(...)Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer..."
Pode parecer hipocrisia, afinal o dinheiro sustenta, todo mundo quer um emprego bom para ter dinheiro e poder comprar coisas que nos satisfazem. Entretanto,concordo com quem diz que dinheiro não traz felicidade. Pelo menos, não a felicidade plena! Pelo que tenho notado traz mais problemas do que soluções! Me surpreendeu um pouco o que uma funcionária da minha mãe disse ontem ao ser chamada para jogar na mega sena: - Nãã, quero ficar rica não! Pra quê? Pra neguim querer me sequestrar, me matar, eu hein! Tô feliz desse jeito, ganhando meu dinherim, dá pra comer, tá bom!
Semana que vem estou embarcando numa viagem que será com certeza um "marco reinicial" na minha vida. Infelizmente não posso levar os meus amigos comigo. Não em corpo presente, apenas em pensamento. Mas dedico essa conquista a todos aqueles que sempre acreditaram que eu conseguiria e aos que não acreditaram também. Lembrarei de vocês a cada minuto durante e pós viagem. E quando chegar àqueles lugares maravilhosos, uma lágrima cairá dos meus olhos por não estarem junto a mim.
P.S. eu entendo a necessidade do dinheiro, o que não entendo é servidão do homem ao dinheiro, as pessoas o veneram e isso não entra na minha cabeça.

Por: Bárbara César

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