quarta-feira, 9 de março de 2011

Isso é crescer?



Nunca me avisaram que para ser "adulto”, teria de fazer tantos sacrifícios. Nunca me disseram "ei, aproveita sua infância enquanto você pode!" Nunca me alertaram das tantas responsabilidades de se tornar "gente grande". Nunca me falaram que uma pessoa um dia entre nós, quando partisse faria tanta falta! E que isso doeria tanto, mas que um dia eu entenderia o porque de tudo isso, ou não. Nunca me falaram que, mesmo não sendo adulto ainda, a vida as vezes traz responsabilidades que eu devo tomar para mim mesma, querendo ou não. Nunca me perguntaram se eu queria crescer, me tornar alguém diferente. Um tanto injusto isso, não? A vida tem idas e vindas. Um dia você é criança, no outro você já tem mil e uma coisas e/ou pessoas que dependem de você. Você deve tomar decisões. Não cabe mais usar as pétalas de um girassol para decidir se bem me quer ou mal me quer. O tempo passa voando, como quem tem mais coisa para fazer do que ficar passeando entre seus cabelos ou levantando a saia da moça que vira a esquina, lá onde o vento faz a curva. Ninguém. Ninguém, nunca me disse muita coisa. Não me preparam para o que eu passei, ou melhor, para o que eu ainda passo. Não me preparam para o ontem, para o hoje, para o agora. O que fazer? Culpá-los? Sentar no chão esperando que isso passe? Parar de viver? Apenas existir? NÃO! Eu voto em levantar a cabeça, abrir a porta pra escola da vida. Seguir em frente. Acertando, errando. Não importa. Tentando. Aprendendo sozinha a passar pelas arruelas infinitas da vida que me levarão a caminhos diferentes, experiências controversas. Mas, sempre com a certeza, de que fui eu. Fui eu quem conseguiu. Fui eu quem aprendeu a lapidar esse diamante bruto, o qual chamo de vida.

Por: Bárbara César e Deuza Martins, respectivamente.

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