terça-feira, 1 de junho de 2010

Corrupção sob ângulos diferentes

O texto a seguir se trata da síntese dos textos:Corrupção como sistema (Jerri Coelho), Corrupção e Poder(Luiz Francisco de Souza) e Corrupção e Controle(Francisco Carlos Da Cruz Silva); respectivamente Textos I,II e III mencionados abaixo.

"A sociedade consumista favorece a corrupção", é o que diria Gherardo Colombo, integrante da Operação Mãos Limpas, sobre crime organizado. E é o que de fato acontece, uma vez que quanto mais se compra, mais se estimula o sistema do capitalismo e consequentemente ocorre o fortalecimento da concentração de renda na mão de poucos. Em outras palavras, o sistema neoliberal defendido por Adam Smith no fim do século XVIII, a fim de emancipar a economia de qualquer dogma externo a ela mesma, defende indiretamente a oligarquia, uma vez que sem a interferência do Estado nas atividades econômicas, o comércio é regido pelas leis de mercado, ou seja, pelas leis da oferta e da procura.

O texto de Jerri Coelho, Chefe da Controladoria-Geral da União no Rio Grande do Sul, define a corrupção como um sistema que pode se tornar existente em qualquer processo de organização de nível social e tem como causa diversos fatores, tais como elementos pscicológicos, políticos, sociais e históricos. Desta forma faz uma analogia com organismos vivos que não estão imunes a doenças, assim como um sistema organizado não está imune ao germe da corrupção.

Jerri percebe e admite que a existência da corrupção é fator que se deve, além da destituição da ética na política e da administração em função de interesses pessoais, também à falta de devida gestão e de transparência às decisões.

Já o segundo texto- Corrupção e Poder- defende o fato de que só é possível combater a corrupção através da radical transformação na estrutura do poder. É notória a crítica do autor à política de mercado que torna possível a exploração da força de trabalho do proletário como mecanismo para se tornar tangível a satisfação do objetivo capitalista, ou seja, a mais-valia, o lucro. Assim percebe-se o que é defendido no primeiro parágrafo desta explanação, como fator comum entre os textos I e II.

Luiz Francisco de Souza- autor desse segundo texto- cita também a utilização de trustes e cartéis, o que suprimem a concorrência entre as empresas, restringindo o leque de opções dos consumidores, o que seria uma exploração dos mesmos.

Estou interessado em boa política. Kyoto, eu pensei, era má política, disse o ex-presidente do EUA George W. Bush ao se referir ao protocolo de Kyoto no ano de 2007. Porém, o que muitos não sabem é o que estava por trás desta afirmação. O Protocolo de Kyoto estabeleceu metas para que os países industrializados reduzissem a emissão de CO2 o que colaboraria com o equilíbrio do efeito estufa no globo. Bush não tinha interesses em assinar o tratado, uma vez que seus maiores financiadores quando se trata de campanha política eram empresas e indústrias potencialmente emissoras de poluentes, o que resultaria na redução dos seus lucros. Ou seja, era financiado por empresas privadas, o que é duramente criticado no texto II.

Assim como no texto I, medidas preventivas devem ser tomadas como, por exemplo, a adoção de devida gestão e ética na política. É possível notar também a correlação entre os textos I e II no que diz respeito à solução da epidemia da corrupção como sendo total extinção de latifúndios e de grandes capitais privados, o que resultaria na extinção da oligarquia. Isto deve ocorrer através principalmente da reforma agrária, ou seja, da divisão dos grandes latifúndios para com os pequenos camponeses, mais ou menos como era defendido por Charles Fourier na criação dos Falanstérios, no Socialismo Utópico. Porém há controvérsias entre os Socialistas Utópicos, pois não há como existir uma sociedade justa e igualitária em uma sociedade regida por um sistema capitalista, uma vez que o capitalismo visa à maior lucratividade possível.

O texto II faz também faz ferrenha crítica ao Crime do colarinho branco, que seria o causador de imenso abismo entre ricos e pobres no Brasil.

O terceiro texto diverge dos anteriores exceto pelo fato de abordar a mesma temática: a corrupção.

Trata da criação de uma Comissão Especial destinada a averiguar processos de corrupção na administração pública brasileira. Foram constatadas diversas formas de corrupção como, por exemplo, a corrupção resultante do patrimonialismo, ou seja, não distinção entre o público e o privado, corrupção como fenômeno social, corrupção no pagamento do funcionalismo público federal, relação da corrupção e práticas patrimoniais como sendo resultado da cultura do estado brasileiro, etc.

Por: Bárbara César

4 comentários:

  1. Olá Bárbara, Eu Sou Francisco Carlos o autor do Texto III que vc postou. Moro em Salvador na Bahia e fiquei feliz de ver que meu texto e o de um grande amigo o Jerri serviram de alguma forma para você. Um Grande Abraço! Francisco

    ResponderExcluir
  2. Oláá Francisco! Nossa que legal! Não pensei que o autor do texto fosse ler o meu blog...hehe
    Obrigada pelo comentário! Abraços!

    ResponderExcluir
  3. eu adorei esse resuminho...bacaca mesmo!
    me add no orkut. Elizianne Almeida

    ResponderExcluir